A Receita Federal libera hoje a consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda de Pessoa Física que vai contemplar 49.246 contribuintes no Paraná, num total de R$ 65,224 milhões. O crédito será depositado no dia 15 de julho. Levando em conta o lote multiexercício, que considera seis lotes residuais de restituições dos anos de 2008 a 2013, o valor a ser pago é de R$ 70,787 milhões para um total de 51.758 paranaenses.
No Brasil, devem receber a restituição do segundo lote 1.060.473 contribuintes, que somam um total de R$ 1,6 bilhão. Considerando os seis lotes residuais, o total a ser pago é de R$ 1,8 bilhão, abrangendo 1.122.154 contribuintes.
Para saber se a restituição foi liberada, o contribuinte pode acessar a página da Receita (www.receita.fazenda.gov.br) ou ligar para o Receitafone no número 146. Na consulta à internet, no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC), é possível ter acesso ao extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nessa hipótese, o contribuinte pode fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.
A restituição fica disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate no prazo, deverá requerê-la pela internet, por meio de Formulário Eletrônico Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no portal e-CAC.
Vale lembrar que este 2º lote de restituição vem corrigido em 2,69%, correspondente à Selic (taxa básica de juros da economia) do período.
Ao receber dinheiro extra, a tendência dos consumidores é irem para as lojas. Mas, a dica dos especialistas consultados pela FOLHA, é usar a restituição primeiro para pagar as dívidas.
O coordenador do curso de Economia da Universidade Positivo (UP), Lucas Dezordi, disse que o contribuinte deve escolher primeiro as dívidas mais caras, que são as que envolvem cheque especial e cartão de crédito.
Caso a pessoa não tenha dívidas, a sugestão dele é aplicar o dinheiro em investimentos como títulos públicos, CDB, letras de crédito agrícola, letras de crédito imobiliário ou fundos de renda fixa. Ele orienta o cidadão a procurar aplicações que estejam pagando, ao menos, 90% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Na opinião do economistas, se possível, as pessoas não devem destinar o dinheiro da restituição ao consumo porque o "cenário econômico está bem pessimista".
O planejador financeiro da Inva Capital, Friedbert Kroeger, disse que o planejamento financeiro da pessoa é que deve ditar a destinação que será dada para o dinheiro da restituição. Ele recomenda ao contribuinte pensar primeiramente em quais são os seus objetivos. Caso vá precisar do dinheiro em curto e médio prazos (até dois anos), a sugestão de Kroeger é aplicar em poupança ou CDB.
Já para uma aplicação de longo prazo, ele sugere investimento com mais volatilidade como um fundo imobiliário ou fundo de ações. No entanto, o planejador alerta que o pagamento das dívidas deve vir em primeiro lugar porque não há investimento que tenha juros maiores do que as taxas cobradas, por exemplo, por cheque especial e cartão de crédito.